O que foi descrito como uma brincadeira pela autora deixou os membros da Escola Municipal Maria José Valmarath de São Sepé em pânico. O motivo foi a descoberta da frase “Massacre dia 06 de julho” a lápis, na porta de um banheiro feminino. Isso se agravou, porque um dia após a direção da escola visualizar o recado, foi encontrado em uma sala de aula uma capsula de um revólver calibre 22 na sala do sétimo ano. A adolescente, que confessou a autoria, se apresentou junto com a mãe nesta quinta-feira, após a repercussão do caso. Ela alegou que queria apenas repercutir o boato entre os alunos, mas negou qualquer relação com o projétil encontrado.
– Hoje pela parte da manhã a gente recebeu uma mãe na escola, com uma aluna, relatando que a adolescente de 13 anos havia feito a escrita no banheiro. A intenção dela não seria fazer um massacre de forma alguma, teria escrito de brincadeira, embora isso não pode ser considerado uma brincadeira, foi de muito mal gosto. Ela teria visto a palavra no noticiário do dia, acredito que alguma reportagem dos Estados Unidos, do massacre do feriado de 04 de julho. A aluna garantiu que não teve nenhuma relação com a capsula encontrada, descreve Carolina Bitencourt Becker, diretora da escola.
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Segundo a delegada de Polícia, Carla Dolores, a hipótese da relação da adolescente que escreveu a mensagem na porta do banheiro com o capsula do revólver está descartada, pois ela estuda em uma sala diferente do episódio ocorrido. O foco das investigações, agora, será descobrir e responsabilizar quem levou o material pra dentro da escola:
– Próximo passo é fazer a identificação dessa pessoa que levou a capsula pra sala de aula. Ninguém pode andar com munição. Portar munição já é um crime, no caso de um adolescente, é um ato infracional previsto no estatuto do desarmamento. A gente trabalha junto com a direção da escola voltado mais para proteção das crianças e adolescentes, explica a delegada.
Durante a semana, a escola, Secretaria de Educação municipal, Policia Civil, Brigada Militar e Guarda Municipal, realizaram uma série de medidas para garantir a segurança dos alunos. O horário de entrada e saída dos estudantes foi escalonado, para evitar tumultos e aglomerações entre os 416 alunos da escola. Além disso, as mochilas das crianças e dos adolescentes foram revistadas. A cobrança das autoridades, é que os pais colaborem no processo, para que as iniciativas preventivas não sejam realizadas apenas na comunidade escolas.
– A gente conversou com os pais. Falou muito sobre o armamento em casa, os cuidados para não ficar no alcance dos filhos, a importância dos pais estarem presentes. A gente está em contato com o Ministério Público para promover ações de prevenção com um olhar mais cuidadoso com nosso adolescente, principalmente esse período pós-pandemia. Não vamos medir esforços em ações com as escolas, os alunos e os pais, afirma Márcia Aires, secretária de Educação de São Sepé.
Apesar de estar descartado qualquer tipo de possível atentado, conforme a direção, a escola seguirá em alerta e reforçando a segurança no local.
José Quintana Jr, [email protected]
